Entregue à vontade de Deus
Deus havia decidido dar ao homem uma oportunidade de reconciliação, uma chance de voltar ao mesmo estado de comunhão com Deus que havia no início dos tempos. Para isso, o próprio Filho de Deus viria ao mundo, conheceria a natureza carnal de nossa existência e morreria na cruz por amor a nós. Maria sabia muito bem que o tão esperado Messias teria uma morte sofrida. Maria conhecia as palavras do profeta Isaías. Ela era conhecedora das profecias que o povo judeu passava de geração em geração havia séculos. E então, um belo dia, apareceu-lhe um anjo anunciando que ela seria a Mãe do Filho do Altíssimo.
Não reconhecer o papel de Maria em nossa salvação
Que apavorante deve ter sido! Como ela, Maria, daria à luz se era virgem? Como explicaria isso a José e aos demais de sua família? E o pior: devem ter vindo à tona, naquele momento, todas as profecias acerca do Messias que seria enviado para morrer pelos pecadores. Por certo, não reconhecer o papel de Maria em nossa salvação é negar também um imenso amor por nós, os detalhes dessa morte não eram conhecidos, não haviam sido totalmente esclarecidos nas profecias ou no instante da Anunciação. O que Maria sabia era que ela também teria de se sacrificar.
Eis aqui a serva do Senhor
Não sabemos se Maria teria como recusar aquela escolha. Mas ela poderia muito bem ter entrado em desespero. Se ela aceitasse, o mundo teria um Salvador. Se ela aceitasse, ela passaria pela pior dor que um ser humano é capaz de experimentar: a morte do próprio filho. Sem ela, a profecia não se cumpriria. Sem ela, toda a humanidade permaneceria eternamente condenada a viver separada do Criador. E qual foi a resposta de Maria? “Eis aqui a serva do Senhor”. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38). Mais do que isso, Maria pronuncia um louvor a Deus, que é uma das passagens mais marcantes e comoventes de toda a Bíblia:
Do seu amigo,
Wellington Silva Jardim ( Eto )
Cofundador da Comunidade Canção Nova