Não podemos ser um povo falso e desonesto com Deus e com os outros, nem roubar e mentir como se Deus não soubesse de nada disso. Acreditamos que, vivendo assim, seremos felizes, pois vivemos segundo nossa vontade. Contudo, Deus nos adverte que as riquezas que adquirimos neste mundo mediante a fraude, o roubo, a corrupção, a lavagem de dinheiro, não cobrem nenhum pecado.
O dinheiro sujo é podre, e quando cai na nossa mão ou no nosso bolso, apodrece o coração. Como podemos então chegar diante de Deus? Como se ajoelhar diante do Santíssimo Sacramento para adorá-lo e pedir-lhe as graças de que precisamos? Jesus nos faz uma pergunta inquietante: “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?”
Todo homem tem seu preço. Cada um se vende pelo valor da sua dignidade. Aquele que é filho de Deus sabe que não pode se vender por nenhum valor, porque o seu valor, que é o valor de um “filho de Deus”, não tem preço. Ao contrário, aquele que aceita se vender e se deixa corromper perde a dignidade infinita.
Na nossa ambição, não medimos como ganhar. Então, acontece o roubo, a corrupção, a desavença, e não sabemos como administrar isso. Vivemos com medo dos escândalos e não temos paz, porque a consciência pesa. Podemos enganar e roubar todo mundo, mas não conseguimos calar a voz suave da consciência, que é a voz de Deus. E se calamos essa voz, tornamo-nos um bicho selvagem, destruidor.
Não existe dinheiro digno sem trabalho honesto
Deus fala conosco dia e noite, mas quando entramos na corrupção, ficamos cegos e surdos à voz d’Ele por causa da soberba, da ganância, da vaidade, do pecado. Ele retira de nós tudo o que foi adquirido sem o suor do rosto, porque apodrece a nossa alma. Quando Ele criou o homem, e depois que o pecado entrou na história, Deus estabeleceu uma lei: comer o pão com o suor do rosto. Sem o suor, o pão não tem dignidade. “Água dá, água leva”. Tudo o que plantamos, colhemos.
Temos que nos desfazer do homem velho, da natureza má, da imoralidade e engano enquanto há tempo. Devemos levar uma vida pura, mesmo no meio desse mundo de trevas. São Paulo fala aos efésios que o cristão tem de brilhar neste mundo como “luzeiros no meio das trevas”, porque, como disse Jesus, o cristão é “a luz do mundo”. Mas e se as trevas desse mundo apagar a luz do cristão? Ele será jogado onde Jesus disse que haverá “choro e ranger de dentes”.
Devemos aceitar Jesus na nossa vida e não buscarmos mais nada além dele, mesmo na hora do sofrimento, ou esquecemos Jesus de vez. São Paulo diz, na Carta aos Gálatas, que não se zomba de Deus: “Não vos iludais, de Deus não se zomba; o que alguém tiver semeado, é isso que vai colher” (Gl 6,7).
Somos imediatistas e ambiciosos, por isso burlamos a lei de Deus e traímos o Seu amor. Quando necessitarmos de algo, deveremos pedir a Deus, mas sem “pular de galho em galho”. Há um ditado que diz: “Macaco que pula de galho em galho quer chumbo”. Então, é melhor ficar quieto no bom galho de Deus.
Do seu amigo,
Wellington Silva Jardim
Cofundador da Comunidade Canção Nova
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