Para que haja a paz, é preciso que haja a justiça, a mais perfeita das virtudes. Deus é justo e age pela justiça, não pela força. Seu Filho morreu na cruz por causa disso, pois o Senhor não age pela força, mas pelo direito. Da mesma maneira que o demônio venceu o homem, o Homem Deus o venceu na cruz. A justiça dos homens é cega, imperfeita, mas a de Deus é perfeita, e um dia se realizará para todos. Ele é infinitamente misericordioso, mas é também infinitamente justo.
Justiça não é autoridade policial, como se vê nos dias de hoje. Ela é protetora, feita de valores humanos respeitados e defendidos. Sem justiça o amor é desregrado, a coragem é minúscula, a simplicidade se torna hipocrisia. Justiça é o mínimo que podemos fazer para com o outro. Deus é amor e ama a justiça, que brota da fé, tão exigente quanto amorosa. Disso tudo nasce a verdadeira liberdade, um dos maiores dons de Deus e que nos torna à sua imagem e semelhança. O Senhor é livre e nos quis livre; mas a liberdade pode enlouquecer se separar-se da verdade e da responsabilidade.
Deus nos criou livres
O maior sinal de que Deus nos quer livres foi ter deixado o homem entregue às suas próprias decisões; quando agimos na perfeita liberdade, demonstramos que temos a semelhança dele.
Fomos criados livres. Sem liberdade, abandonamos o principal, a dignidade humana, o direito de amar e de ser amado. É a liberdade que nos dá coragem, alegria e fortaleza. Somos a nossa liberdade. Trabalhar para a liberdade e a libertação está no nosso interior. Não podemos nos escravizar no luxo, no sexo, na força, na ganância.
A verdadeira liberdade nos leva à caridade, algo bem diferente de arbitrariedade, libertinagem, egoísmo, endeusamento, materialismo consumista, prazeres… Significa buscar o bem e a verdade.
Do seu amigo,
Wellington Silva Jardim
Cofundador da Comunidade Canção Nova
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