Amar os semelhantes é simples, pois são pessoas como você, que pensam mais ou menos da mesma forma, que têm as mesmas referências de vida, que são “certinhas”. O problema começa quando nos damos conta de que não basta amar nossos semelhantes, mas que temos de amar também nossos “diferentes”, pois Cristo morreu por todos, e é a todos que devemos levar Sua Palavra.
E como levar a Palavra d’Ele sem o maior testemunho de todos, que é o amor? Cristão sem amor é membro atrofiado no corpo de Cristo. Jesus nos diz para amarmos os inimigos, para socorrê-los e confortá-los quando necessário. Ele sabe que é aí que está o verdadeiro exercício da caridade.
Nosso amor deve se estender àqueles que não nos agradam, àqueles que ainda nem conhecemos. Devemos enxergar essas pessoas com os olhos de Cristo, que sabe que todos precisam de amor, de atenção, de acolhimento, precisam se sentir queridos. Se, de alguma maneira, formos capazes de compreender o amor maior, que se deu quando o Pai entregou o próprio Filho ao sacrifício – e, portanto, entregou também a Si mesmo – por causa de pessoas tão falhas, pecadoras, violentas, desonestas, incrédulas, gananciosas, que tramam intrigas, que prejudicam deliberadamente os outros, que são apegadas a tudo que há de mau neste mundo, assim como O entregou também por causa dos santos, dos fiéis, dos justos, dos caridosos…
Enfim, se compreendermos o amor do Pai pelo bom e pelo mau, pelo santo e pelo pecador, então entenderemos que o amor é divino, porque vem de Deus; e unificador, porque Ele deve ser
“tudo em todos” (1Cor 15,28).
A caridade não deve ser obra apenas do cristão como indivíduo, mas a Igreja – local e globalmente – também precisa testemunhar esse amor à humanidade.
Do seu amigo,
Wellington Silva jardim
Cofundador da Comunidade Canção Nova